quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Museu da Pessoa

Hoje o post não é nenhum texto filosófico, trecho de livro, música ou vídeo. Está na hora de chacoalhar um pouco o clima depressivo desse blog! Hoje eu vou dar uma dica, eu vou falar sobre o Museu da Pessoa.

O objetivo do museu é construir uma rede internacional de histórias de vida capaz de contribuir para a mudança social, criar um novo espaço onde cada pessoa pudesse ter a oportunidade de preservar sua história de vida e de tornar-se uma das múltiplas vozes da nossa memória social.
"Entendemos que para ter uma rede real de histórias de vida capaz de começar a mudar a maneira como a sociedade cria suas narrativas históricas, temos que conectar quem fala com quem quer ou tem que escutar as histórias."
Essas conexões definitivamente ajudariam a estabelecer novos parâmetros educacionais para entender a História. Então, utilizar o poder das histórias de vida para conectar gerações, comunidades e diferentes níveis de poder na sociedade é um passo essencial.
"Nosso desafio é aproveitar todas essas possibilidades para criar verdadeiras correntes que possam resultar em mudanças reais na sociedade."

Mais informações sobre o projeto: site do museu.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

As cores.

"Não importa o que as outras pessoas pensam, o mundo pode ter as cores que você desejar. Ele pode ser claro e transparente como o claro das nuvens, infinito e misterioso como o azul do céu.
O mundo pode ter a cara que você quiser dar a ele. E essa é uma escolha que você pode tomar a qualquer hora e em qualquer lugar, vai depender de como você quer ver o mundo.
Se você esta triste ele será marron, roxo. Se tens uma missão que parece impossível ele será verde, a cor da esperança. Se tens um amor secreto ele será vermelho vibrante. Uma paixão proibida? Então ele será laranja, amarelo, tentando se esconder para que o resto do mundo não saiba o que esta sentindo.
A escolha das cores não pode ser um processo doloroso. Ao contrário, ela existe para nos salvar da correria, da pressa, do medo. E por falar em medo, qual será a sua cor? Preto. O medo é assim: simplesmente preto, escuro, uma cor que nada revela, que qualquer outra pode esconder.
O medo é a cor que é capaz de revelar seus melhores sentimentos e não permitir que você viva aquela bela história de amor que parece existir apenas em conto de fadas, ele pode esconder seus sonhos, suas metas...
Não deixe o preto dominar seu mundo e esconder a beleza das cores, pois por mais que hoje o dia esteja escuro, amanhã ele pode se tornar colorido, basta você acreditar nos seus sonhos e não se importar com o que as pessoas vão achar dele!"
Autor Anônimo.

domingo, 24 de agosto de 2008

#9

Eu corria sem parar. Tentando não olhar para trás. Estava cansada.
Meu fôlego desaparecia aos poucos e a cada instante meu corpo reclamava mais daquilo tudo. Já não estava aguentando, mas não podia parar. O vento gelado me invadindo, o sol ardendo. E eu corria, sem pensar. Eu precisava esquecer.
Os problemas que haviam me perseguido a vida toda agora estavam atrás de mim. Cobrando o atraso. Cada vez mais depressa, estavam quase me alcançando.
E eu não podia parar.
Isso começou a me cansar. Não aguentava mais me esconder. Não adiantava mais mesmo. Pensei que fugir deles não adiantaria, uma hora me pegariam na esquina. E parei.
Num impulso, virei-me para eles, de peito aberto. Mas nada aconteceu.
Apenas uma brisa veio em minha direção.
Então retomei meu caminho. Estava mais leve.
Já não me sentia mais sendo perseguida, já não devia mais nada a ninguém. Agora eu andava. Pude reparar nas cores da paisagem. Nos sabores e aromas. Nas pessoas. Estava bem e de consciência tranquila.
E quando menos esperava, na esquina, encontrei-me comigo mesma.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Até mesmo pra mim!

"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível, mesmo quando cada tique do relógio faz sua cabeça doer como se fosse um fluxo de sangue passando por uma ferida. Ele passa desigual, em estranhos solavancos e levando a calmaria embora, mas ele passa. Mesmo pra mim..."
- Isabella Swan em Lua Nova, Stephenie Meyer

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Já faz algum tempo...

"Nenhuma verdade me machuca, nenhum motivo me corrói. Até se eu ficar só na vontade já não dói. Nenhuma doutrina me convence, nenhuma resposta me satisfaz. Nem mesmo o tédio me surpreende mais. Nenhum sofrimento me comove, nenhum programa me distrai. Eu ouvi promessas e isso não me atrai.
E não há razão que me governe, nenhuma lei pra me guiar. Eu estou exatamente onde eu queria estar. A minha alma, nem me lembro mais em que esquina se perdeu, ou em que mundo se enfiou mas já faz algum tempo..."
Eu já decidi: essa música foi escrita pra mim! E não me interessa o que digam, Pitty é foda e ponto final! u.ú


domingo, 17 de agosto de 2008

#8

Onde você guarda seus segredos?
Onde você esconde seus medos?
Onde você espreme suas lembranças?
Onde esquece os mais temidos problemas?
Onde disfarças as inseguranças, deposita as esperanças?

Apenas me diga onde ...
Para que eu possa guardar um pouco
da minha vida lá também.

sábado, 16 de agosto de 2008

- Sobre o vazio.

“Chorei três horas, depois dormi dois dias. Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total.”
Texto auto-explicativo. Pressa pra postar, portanto um texto que não é meu. Autor anônimo! :D

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

#7

O barulho estridente já tão convencional tinha acabado de avisá-la que era hora de parar um pouco para respirar. Dali a quinze minutos a correria continuaria. Intervalo.
Primeiro lugar que pensou em ir: o tão habitual companheiro das meninas nessas horas, nosso conhecido banheiro.
Mas não foi. Poderiam vê-la por lá. Afinal, é para onde todas correm. Continuou andando. Resolveu então ir sentar na arquibancada da quadra, que àquela hora estaria vazia. Foi. Sentou. E chorou. Deixou as gotas salgadas que escorriam de seus olhos fluírem para todo o seu ser. Estática, tentava apenas não pensar em nada. Estava precisando explodir de algum modo, mas em público é que não seria. Acalmou-se, aos poucos. Depois de esgotar seu estoque de lágrimas, se deitou e olhou para as nuvens, tão calmas, lá no céu.
Às vezes nos frustramos com coisas que já nos parecem determinadas, que já havíamos tomado como verdades absolutas. Mas, sem dúvida, a frustração é bem maior quando se trata de descobrir que algo que você achava tão certo, que já estava tão nítido, era falso.
A falsidade deve ser a coisa que há de mais podre em nós. Se não for, eu realmente não consigo pensar no que pode ser. Ainda bem que ela não ataca todos a todo o momento. Mas há aqueles que estão sempre com ela por algum motivo que não cabe a nós definir.
Naquela manhã de quarta-feira, após uma aula de álgebra, no primeiro intervalo do dia, ela chorava por ter sido enganada por seus próprios conceitos sobre uma pessoa que na verdade não sabia quem era. Achou até que poderia lhe servir de lição, daquelas que guardamos bem, para nunca mais cometer seus erros. É incrível como podemos nos pregar peças. Mas parou de se culpar. Ia seguir em frente, olhar apenas adiante, e fingir que nada havia acontecido. E ia fazer tudo isso com a mesma classe de sempre, nem que fosse sofrer ao disfarçar. Não se podia dar por vencida. Agora, com aquela pessoa, também iria saber ser falsa, tanto quanto ela foi, caso precisasse, um dia. Enquanto essa pessoa, coitada, ainda teria muito que sofrer e aprender com a vida. E, sem dúvida, um dia provaria do mesmo veneno.

(escrito em 19 de março de 2008)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A Gaiola Dourada

Logo que acordou, procurou-o como sempre fazia. Percorreu a casa toda; nenhum sinal dele. Mais uma vez ele não estava lá. Um misto de alívio e alegria invadiu seu corpo.
Voltou para a sala e andou até a porta que dava para o jardim. A madeira trançava a porta formando vários quadrados de vidro, bem pequenos. Por alguns segundos, olhou as flores do lado de fora através de um dos quadradinhos, até que abriu a porta. Pôs um pé para fora, mas o encolheu rapidamente. O perfume das flores a deixou triste e com inveja. Algo a impedia de ir para o jardim, e ela sabia o que era. Fechou a porta novamente.
Nem a grandeza e a exuberância da casa eram capazes de preencher o deprimente vazio daquele lugar. O Silêncio a incomodava.
Olhou ao redor, procurando por seu novo amigo. Avistou-o no canto da parede, ao lado de um quadro de algum pintor famoso, provavelmente. Estava ciscando sementinhas de alpiste. Cada vez que ela se aproximava, era como se suas penas ficassem ainda mais amareladas, mais brilhantes.
Sentiu-se bem ao ver que fazia-o tão feliz. Ela gostava de conversar com ele, contar-lhe histórias. E a melodia de sua resposta preenchia cada cômodo, tentando fazer o lugar menos silencioso, mesmo sendo impossível. Mas ela o admirava por isso, por tentar.
Sabia que, por mais alegre que parecesse seu canto, ele não estava feliz. E isso a confortava, pois isso eles tinham em comum. Afinal, ele estava condenado àquela gaiola, assim como ela estava condenada àquela enorme casa vazia e solitária.
Seus olhos se voltaram para o quadro ao lado da gaiola e pararam lá, observando a paisagem pintada. Imaginou-se em meio àquela plantação de trigo, sentindo o cheiro dos ciprestes enquanto o vento beijava seu rosto.
Começou a reparar em sua moldura, grossa e marrom, e a odiou como se ela fosse a culpada por não poder estar no quadro.
Olhou para a porta do jardim e a odiou também. Agora, aqueles quadradinhos haviam se tornado uma grade, que a mantinha sufocada naquele lugar desprezível.
Voltou-se para o pintassilgo na gaiola, e ficou a fitá-lo, refletindo. Finalmente, abriu a portinha dourada e segurou o pássaro em suas mãos. Foi até a porta do jardim, abriu-a e estendeu os braços, fechando os olhos.
E então, pôde sentir o peso ir embora. O pequeno peso em suas mãos, e o grande peso em seu coração. Decidiu dar a seu amigo a única coisa que nunca poderia ter. Liberdade.

(escrito em 15 de abril de 2008)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

#6

Hoje sonhei com um pássaro azul. Era bonito e olhava para mim, como se tivesse algo a me dizer. Estava em um galho longo, bem no alto de uma bela árvore, em frente à minha casa. E abaixo dela havia um tubo de pasta de dentes.
Um homem velho tinha acabado de virar a esquina. Tinha nos braços um saco de pães quentinhos. Eu o observava meticulosamente. Reparei em suas calças surradas e em seu despretensioso jeito de andar.
Ao passar pela árvore, ele levantou a cabeça para admirar o pássaro. Logo em seguida notou a presença do tubo abaixo dela. Sem hesitar, abaixou-se para recolhê-lo. Caminhou com aquilo até a primeira lata de lixo que encontrou.
E nessas a gente percebe que olhar para cima para contemplar belas coisas é tão importante quanto olhar para baixo para encarar coisas feias e tirá-las dali, limpá-las de nosso caminho.

(Só pra constar: isso é pura ficção)

terça-feira, 12 de agosto de 2008

#5

As gotas de chuva ainda lambiam minha janela quando acordei. Estava morrendo de preguiça. Sentei e coloquei o travesseiro no colo. Estava com dor nas costas. Meu cabelo também não era dos melhores. Tudo o que eu queria era voltar a dormir.
As gotas iam escorrendo aos poucos. E eu não sabia discernir nada que estivesse a mais de um palmo do meu nariz. Zonzeira estranha. Talvez a sentisse por ter acordado justamente de um sonho. Tão zonzo quanto.
Sonhei com a saudade. E a saudade em meu peito ainda era imensa. E incontrolável. Saudade é uma coisa que mata a gente. Bem de leve, para que não percebamos mesmo. E, naquela manhã, eu estava morrendo mais um pouco.
Mais um pouco do que eu morria todos os dias, desde que partiu. Minha esperança, minha companhia. Minha certeza. Meu apoio, minha base, meu alicerce. A qualquer nome que eu dê, a saudade será a mesma.
Cansadas da minha janela, cessaram as gotas.

(escrito em 15.01.2008 )

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Náufrago

De repente, escuridão. Toda aquela imensidão azul escureceu numa fração de segundo. Aquele lugar amplo e fresco tornou-se fechado, quente, sufocante, desesperador. Silêncio. O som da água indo e voltando havia simplesmente parado. Os motores não rugiam mais e as risadas se calaram. O cheiro de sal sumiu, assim como o leve cheiro de petróleo que vinha do porto. Nada.
É interessante pensar em como a dor não é imediata. Primeiro, é como se todos os seus sentidos estivessem apagados, como se você estivesse num vácuo. Daí sim, a dor vem. E vem grande, imensa, insuportável!
Quando comecei a senti-la, abri os olhos. A luz do sol que penetrava na água ia se afastando cada vez mais. Um peso imensurável me puxava cada vez mais fundo, mas eu não me importava. Sentia falta de algo, algo que eu precisava para estar completa, mas não sabia o que era.
Eu precisava subir, respirar, mas não conseguia. E com a falta de ar, veio a clareza. Agora eu tinha me dado conta do que faltava. Uma parte de mim tinha sumido. Uma parte grande, e pra sempre. E agora ambas as partes estavam afundando... em qualquer lugar do oceano, desse meu enorme oceano interior.

domingo, 10 de agosto de 2008

#4

- Sobre perdas e ganhos.

Aprendi certa vez com alguém muito especial que, em um jogo de futebol, 2x0 é um placar muito perigoso quando ainda se está no primeiro tempo. O motivo é simples: ou o time adversário resolverá apertar a marcação, dificultando, ou o seu time se acomodará, dando maior brecha ainda para os adversários atacarem. Quem me ensinou isso foi o meu pai.
Depois de um tempo, quando voltei a pensar no que ele havia me dito, cheguei à conclusão de que isso se aplica também em nossas vidas.
Lutamos por algo, superamos os obstáculos necessários para chegar à nossa meta, mas, quando finalmente estamos por cima, nos acomodamos, enfraquecendo a marcação e dando margem para quem quiser nos ultrapassar.
Assim, reforce seu ataque e turbine sua defesa, e sempre tente ater-se às suas convicções. Porque por mais que, ao fim do primeiro tempo, você esteja ganhando, há muito mais pela frente e você precisará de reforços.
No mais você poderá contar com seu técnico, que sempre estará lá, ao seu lado, te observando. E sempre pronto para orientar ou repreender.
Obrigada, pai !
E feliz dia dos Pais para todos os outros também (;
  • O texto é da zé, mas quem tá postando é a B. Ela esta viajando e não pode postar, então deixou um textinho pra não deixar o Dia dos Pais passar em branco aqui no blog! (; Ei, pai, parabéns! E parabéns pros pais de vocês também!

sábado, 9 de agosto de 2008

- Sobre música e sentimentos.

“Ela se despiu e atirou contra a parede tudo o que não a pertencia. Suas roupas, todas as suas esperanças, seus amores, medos e desejos. Aos poucos, despiu-se de todo sentimento e pensamento, de qualquer existência material. Naquele instante, só a música tocava, fria e estimulante, em seu quarto e mente. Não era mais preciso pensar, e muito menos preocupar-se, o piano a acalmava. Não era necessário gritar ou se rebelar, a guitarra já o fazia. Não mais se sentia reprimida, porque o baixo, abafado, já tomara suas dores.
Sentindo-se completa, sentou-se com cautela. Não queria fazer um só ruído e arruinar a magia. Fechou os olhos e respirou profundamente três vezes seguidas, não sabendo se as batidas compassadas que ouvia eram de seu coração ou da música.
O último verso... prendeu a respiração... e chorou.”
Não, o texto não é de minha autoría. Mas significa muito pra mim. Postei só pra não deixar o blog sobre monopólio da Laura! ;D

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

#3

- Da banalização do amor.

Dia desses estava conversando com um amigo no msn e ele disse que me amava. Eu, acostumada indevidamente com a nova enxurrada de "eu te amos" que inundou a internet, perguntei: - Ama como? Ele se explicou, achando que eu tinha levado pro lado amoroso da coisa, mas não. Eu disse que eu não estava achando nada, só queria entender como ele me amava para dizer algo assim. Uma vez que ele nem conseguisse explicar isso, então não me amava do jeito que eu entendo ser amar. E eu pedi que ele não fosse mais leviano ao dizer isso para as pessoas, sendo que há várias interpretações de uma frase intensa como essa, mas para a qual não mais dão o devido valor. Entrando no orkut, um scrap de uma amiga: "te amooooooooo". Como assim ama ? Me expliquem por favor !
Como alguém pode dizer que ama assim, a torto e a direito ? Será que o significado de amar mudou e esqueceram de me avisar? Eles – e muitos outros mais – deveriam ter a consciência de que algo dito assim pode machucar muito se não for sincero. Cansei de leviandade para com o amor. E mais: sou a favor do amor não dito, mas sim demonstrado.
Acho que vale muito mais a pena você sentir que alguém te ama por gestos. Como um sorriso, um abraço, um beijo, uma flor. Melhor do que palavras desvalorizadas atualmente, tão fáceis de serem gravadas em qualquer página de recados por aí. E igualmente fáceis de serem deletadas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

#2

- Da menina que resolveu sorrir.

Você alguma vez já tentou, ao andar por aí, sorrir?
Hoje, no caminho para minha aula de pilates, a tarde se fazia tão gostosa, que o sorriso foi minha resposta involuntária. Eu estava tão feliz. E foi aí que coisas estranhas aconteceram.
Primeiro uma menina que estava passando dentro de uma perua escolar gritou para mim "Moça, adorei seu relógiooo!". Fiquei feliz. E continuei. Depois uma senhora me pediu informação e eu dei. Porque eu sabia, claro. Fiquei mais feliz ainda de ter ajudado. E fui indo.
Aí um pintor que estava trabalhando numa construção me meandou um "oi" bem alegre quando passei. E eu respondi.Parece que quando vem da gente, tudo em volta melhora.
Eu estou e tenho estado ultimamente tão feliz... Que nada vai estragar isso.

(Eu sempre achei que escrevia melhor triste. E agora tenho certeza. Eu fico feliz, escrevo mal, mas pelo menos... estou feliz ! (:
Ou melhor, estou *bobaalegreapaixonada*)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Isolamento Social

Eu estava na última fileira, escondida atrás das cadeiras para que ninguém me visse e viesse me cumprimentar. Quem diria que eu estaria desconfortável em sair de casa. Acho que acabei me acostumando a não ter vida social e agora, nas poucas vezes em que saía, não sabia mais como ser gentil e educada, puxar assunto ou continuar um.
Mas é claro que a caçulinha do Dr. Roba nunca iria passar despercebida por tanta gente em um evento tão importante! ¬¬ E cada vez que alguém vinha e me cumprimentava, eu tratava de ser curta e grossa e corria atrás da minha mãe, pra esconder meu evidênte vermelho de vergonha e irritação no rosto.
Eu não gosto disso. Não gosto mesmo. Eu não conheço essa pessoa insegura e medrosa que eu me tornei, e eu não gosto dela. Claro que eu sempre tive meus medos e inseguranças, mas desde quando isso precisa ficar estampado no meu rosto desse jeito, pra todo mundo ver? Eu não gosto de ser essa pessoa, mas pelo visto não tem escapatória. Pelo menos não por enquanto. Estou condenada à isolação social por tempo indeterminado! .-.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

#1

(Não gosto de títulos. Eles limitam a criatividade).

Muito prazer, meu nome é Laura. Mas pode inventar outro, eu atendo assim mesmo.

Estava caminhando hoje. Cinco da tarde, pensando na vida. Ventinho gostoso batendo no rosto e desarrumando a minha franja. E num súbito momento de reflexão profunda resolvo parar para observar as nuvens. A Terra tem girado muito rápido, penso. Pode ser que não tenhamos mais tempo.
Antes, permita que eu esclareça uma coisa: sou a favor das sacolas de pano. E foi nelas que eu parei pra pensar. Parece que a cada dia que passa ligamos menos para isso. Parece piegas, mas será que ninguém percebeu que os nossos recursos naturais estão acabando? Será que custa muito trocar aquele monte de sacolinhas plásticas do Russi por uma de pano? Ah, eu fico louca da vida com isso.
Pensando nelas, no planeta, e nos filmes que eu tinha que devolver na Blockbuster, cheguei à uma conclusão um tanto mal concluída: o tempo é, na maioria das vezes, nosso inimigo. Mas isso é completamente reversível.
É só reparar, as pessoas estão sempre correndo, isso não é novidade. Ainda se fizesse bem para elas, mas cansamos de ver que não. Para que tudo isso? Para que juntar dinheiro se não será possível desfrutá-lo direito depois? Ah, eu acho isso muito besta.
As pessoas precisam de tempo. De qualidade de vida.
E gira cada vez mais rápido. As oportunidades estão passando.
Pode ser que logo não haja mais tempo.
Na verdade, já não há.
A cada dia a descrença é crescente. E o futuro nos assombra noite e dia.
O sentimento de impotência diante dos grandes estragos que vêm ocorrendo pode sim ser suprido por pequenas ações. E não, isso não é um daqueles papos chatos de ecologista. São só alguns devaneios de alguém que parou para ver as nuvens numa tarde de segunda-feira.
E que percebeu que não está sozinha nesse mundo.
Tenho certeza de que o peso na consciência depois doerá mais do que carregar uma sacola maior hoje.