sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Dualismos, ambigüidades e desequilíbrios

"Nasce o sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria, sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância."
Gregório de Matos, "Boca do Inferno".

Um comentário:

Anônimo disse...

Carakas!!! q super coincidencia!!!

eu li esse poema ontem no livro de literatura XD..e hj eu decido visitar esse blog..huahuahau

Mto lindo esse poema...*.*

bjss